Comemorações dos 705 anos da Ordem de Cristo e dos 30 anos do Grão Priorado de Portugal da OSMTHU

Decorreram esta semana as comemorações dos 705 anos da Ordem de Cristo e dos 30 anos da criação do Grão Priorado de Portugal da OSMTHU, em vários lugares do Algarve sob a égide da Comenda de Lagos.

No dia 14 a Comenda promoveu uma Conferência em conjunto com a Câmara Municipal de Lagos acerca da Ordem de Cristo e do Infante Henrique de Sagres, com uma intervenção de fundo de Luis de Matos, Grão Prior de Portugal, escritor, conferencista e conhecido pela sua abordagem simples e aberta às temáticas da Cavalaria Espiritual. Contámos com a presença da Vereadora Drª Sandra Maria Almada de Oliveira, da Câmara Municipal de Lagos, trazendo a celebração da Ordem de Cristo a Lagos e associando a Autarquia aos festejos, o que a Ordem do Templo muito preza.

Transmitida em directo através da página de Facebook da Comenda (https://www.facebook.com/comenda.laccobriga), rapidamente se tornou viral nos Grupos acerca de Templários e quando encerrou tinha registado 1.400 espectadores simultâneos, chegando ao final do dia com 4.000 visualizações e, 6.600 ao final de 3 dias, o que é um record absoluto para transmissões ao vivo desta Comenda.

De registar que mais de 20% dos espectadores têm IP no Brasil, com vários países acima dos 5%, incluindo aqueles onde as Comunidades Portuguesas são mais numerosas. As maiores congratulações são devidas ao Comendador Fr+ Victor Varela Martins e à sua equipa, incluindo os Preceptores locais, que, apenas duas semanas após as VI Jornadas Templárias, mostraram mais uma vez capacidade organizativa e empreendedora de que a Ordem se orgulha. Registou-se também a presença do representante do Comandante Regional da GNR e de diversas associações locais, assim como da Liga dos Combatentes, em Lagos e Castro Marim.

No dia 16 as actividades centraram-se em Castro Marim, que foi a primeira sede da Ordem de Cristo, a partir de 14 de Março de 1319. O dia iniciou-se com a inauguração no Posto de Turismo de uma exposição temática sobre os 30 anos do Grão Priorado de Portugal da OSMTHU, constituída por 7 painéis explicativos que irão viajar pelo país ao longo do ano de 2024 e 2025 levando o tema Templário a várias autarquias de norte a sul.

Com a presença do Vereador João Manuel Afonso Pereira, responsável pela Cultura, que sublinhou o aprofundar da colaboração entre a Ordem e a Autarquia desde a primeira Conferência Anual em 2019, o Grão Prior teve oportunidade de falar um pouco acerca da Ordem de Cristo e da singularidade da passagem de testemunho entre a Ordem do Templo e a missão marítima que viria a caracterizar Portugal no século XV.

Pela tarde o Ramo Secular da Ordem abriu o seu IV Capítulo Nacional, em que se discutiram temas relacionados com o plano de trabalho da Ordem para os anos de 2024 e 2025, reforçando as diversas linhas de acção, que incluem a Ordem Soberana, o seu papel no âmbito internacional e nacional, o Ramo Secular e o trabalho humanitário desempenhado pelo Templar Corps. Estiveram presentes os Comendadores do Grão Priorado Soberano de Lagos, Lisboa (Chagas) e Arraiolos, bem como o Grão Preceptor Nacional que teve a oportunidade de dar uma panorâmica acerca do Programa de Estudos interno, que vem adicionar novos recursos ao notável trabalho executado pelo anterior Preceptor, que inclui conteúdos exclusivos de base histórica e espiritual, bem como a plataforma online que permite o acesso permanente e remoto a toda a informação, segundo o grau de cada utilizador.

O dia acabou em muito boa disposição com um Banquete Medieval na Taberna do Velho Cavalinho do Fr+ Carlos Carmo, um eterno Templário e generoso anfitrião, divertido apaixonado pelo medievo, incansável divulgador da Ordem e de uma das épocas mais mal compreendidas da nossa História. Entre iguaria e bebida farta, se prolongou até altas horas a animação e o convívio fraternal.

Afinal, o homem tanto precisa de disciplina e ordem, como de um sincero sorriso e alegria no coração. Assim foi em Castro Marim. Que a Ordem prospere.

Ficam de seguida as mensagens a propósito da ocasião do Comendador de Laccobriga, Fr+ Victor Varela Martins e do Perceptor de Castro Marim, Fr+ Bruno Correia.

Fr+ Victor Varela Martins, Comendador de Laccobriga

Irmãos do meu Coração,

Foi muito bom poder contar com a vossa presença, tanto física quanto no apoio espiritual, nestes dias !!!

Cumprimos um ciclo ao Sul, no início de cada ano pedimos um esforço maior a todos os Irmãos para que se desloquem ao Algarve entre Fevereiro e Março mas é por um bem maior, um bem maior do que nós mesmos, é pelo nosso Priorado e pelo nosso Domine comum, é pelo Propósito da Cavalaria e de tudo o que Ela Representa…

Obviamente que cada um de nós sai reforçado, pois embrenhamo-nos de Amor Caritas, de expressões de Fraternidade e recarregamos a Energia e reforçamos a Cavalaria em nós próprios !!! Como Todos sabemos, Amar é ir ao Mar, e lá ir não é somente vê-lo é sim comungar dele, molharmo-nos… e é por isso que iniciamos o ciclo anual por aqui. Venha daí um bom ano para cada um de Todos nós e para a OSMTHU.

Não somos muitos, mas os que somos somos no número certo para fazer ressoar e manter viva a Cavalaria Espiritual e o Propósito do Templo hoje.

Um obrigado muito sentido ao Sereníssimo Grão-Prior e aos Oficiais do Priorado pelo apoio e por manifestarem sempre esta misericórdia para com os Irmãos do Algarve.

Agora vamos ao trabalho que o mundo ainda necessita de Nós.

 

Fr+ Bruno Correia, Preceptor de Castro Marim

Que a graça do nosso Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vocês.

Desde já quero agradecer humildemente ao nosso Digníssimo Grão Prior, ao nosso Respeitável Comendador de Laccobriga, pela caridade e pela dedicação, que dispuseram para que fosse possível comemorar/relembrar mais um aniversário da Instalação da Ordem de Cristo em Castro Marim.
Quero também agradecer a presença do nosso Solidário Preceptor Geral, os Respeitáveis Comendadores de Arraiolos e de Chagas, assim como a nossa irmã Dama, os nosso irmãos Cavaleiros e a nossa irmã escudeira.

Obrigado a Todos, de Coração, por terem contribuído para que a Tradição não fosse esquecida.

Christi Pax

Ordem do Templo OSMTHU Organizou a VII Conferência anual em Lagos, Algarve, com Destaque para Simbologia e Identidade Nacional

Lagos, Algarve – A Ordem do Templo OSMTHU reuniu uma série de conferências no dia 2 de março, trazendo diversos oradores que exploraram temas relacionados com a simbologia, a identidade nacional e desafios éticos. O evento contou com palestras de especialistas em diferentes áreas, proporcionando uma visão abrangente e aprofundada sobre temas relevantes. Abaixo, apresentamos um resumo das intervenções:

Pe. José Manuel Pacheco – “Símbolos e a Liturgia”

  • Explorou símbolos do Novo Testamento, com destaque para a transfiguração.
  • Abordou a presença de símbolos na liturgia, como as cinzas no início da quaresma.
  • Refletiu sobre a importância da imagem e o papel da comunicação social na disseminação de símbolos.
  • Concluiu incentivando a promoção da paz.

Jaime Ramos – “Organizações Morais e Desafios Nacionais”

  • Analisou o papel das organizações morais na sociedade, destacando eventos históricos em Portugal.
  • Abordou desafios atuais, como o envelhecimento populacional e a desertificação do interior do país.
  • Refletiu sobre a importância de debater temas fundamentais, mesmo aqueles considerados politicamente sensíveis.
  • Propôs a necessidade de preservar a memória histórica.

Luis Alves Costa – “Instrução versus Formação – Uma Perspectiva do Ensino”

  • Diferenciou instrução (aquisição de conhecimento) e formação (desenvolvimento do ser).
  • Destacou a responsabilidade compartilhada na educação, não sendo exclusiva da escola.
  • Apontou a desconexão dos estudantes com símbolos nacionais e a língua, enfatizando a importância do significado.
  • Recordou que os símbolos são a linguagem cifrada das aspirações humanas
  • Utilizou o exemplo da igreja Santa Maria do Olival para ilustrar mudanças simbólicas no tempo.

Nuno Campos Inácio – “Simbologia Imaterial”

  • Explorou a simbologia imaterial, incluindo tradições, rituais, e eventos festivos.
  • Enfatizou a universalidade das festividades, que transcendem barreiras religiosas.
  • Destacou a importância de preservar esse património imaterial.
  • Sublinhou que a essência das festividades é universal e não está limitada às várias religiões. As festividades transcendem-nas. Celebram uma realidade que é mais vasta do que elas.

Pe. Carlos Aquino – “Simbologia na Liturgia e Experiência Viva”

  • Abordou a visão do Papa Francisco sobre símbolos e a importância de tornar-se capaz de entendê-los.
  • Destacou que a liturgia é composta por sinais e símbolos que conduzem à experiência viva.
  • Enfatizou a autenticidade dos símbolos na comunicação do mistério.
  • Defendeu que o homem moderno se tornou analfabeto e já não consegue ler os símbolos, questionando como podemos tornar-nos “capazes de símbolos”. Não se trata só de fazer uma interpretação intelectual, mas de a tornar numa experiência viva.

Manuel J. Gandra – “O Símbolo e Seu Significado”

  • Analisou o símbolo como sinal de reconhecimento, considerando elementos como a direção de leitura.
  • Explorou a interpretação neo-platônica do símbolo visível como reflexo de uma realidade invisível.
  • Refletiu sobre a subversão de símbolos e suas consequências., dando abundantes exemplos depois de ter mostrado o mesmo simbolismo na iconografia tradicoinal.
  • Concluiu afirmando que a subversão dos símbolos leva à subversão das ideias

Artur de Jesus – “Identidade Nacional e Símbolos”

  • Criticou a falta de conhecimento sobre os símbolos nacionais, defendendo a necessidade de ensinar a identidade portuguesa nas escolas.
  • Explicou o significado dos símbolos nacionais, como a bandeira e a esfera armilar.
  • Ressaltou a importância de respeitar e preservar a herança cultural e histórica. A perda dos símbolos é o empobrecimento da nossa herança.

Luis Natal Marques – “Desafios Éticos da Inteligência Artificial”

  • Questionou a compreensão de Deus e explorou as leis que governam a nossa existência.
  • Abordou os desafios éticos da inteligência artificial, incluindo a questão das emoções das máquinas.
  • Ressaltou o papel da ética diante das novas tecnologias.
  • Concluiu com um desafio: todo (o ser humano) é mais do que o simples somatório das partes de que é feito; Assim, se todos os órgãos que nos compõem têm uma finalidade, qual é, afinal a nossa própria finalidade?

Rui Lomelino de Freitas – “Sofia Perene – O Despertar Interior Através do Símbolo”

  • Apresentou o conceito de Sofia Perene, destacando o símbolo como meio de despertar interior.
  • Questionou o significado pessoal dos símbolos e a jornada da imagem ao conceito.
  • O conceito deve levar à experiência, caso contrário é estéril

O evento em Lagos proporcionou uma rica troca de ideias sobre simbologia, identidade nacional e desafios éticos, contribuindo para uma compreensão mais profunda desses temas fundamentais.

Um agradecimento muito reconhecido a Todos os participantes que se associaram a este nosso propósito de doar bens alimentares a uma instituição de apoio social.

Este é o resultado das doações de Todos vós nas Jornadas:

2 óleo

2 azeite

6 atum em lata

1 leite aveia

2 bolacha Maria – embalagens de 4 pacotes

2 açúcar

2 farinha

3 salchicha em lata

5 Macarrão

7 esparguete

24 arroz

5 grão

2 feijão

2 feijão em lata

1 amêndoas de chocolate

A Todos os participantes e aos doadores o nosso obrigado.

O evento terminou com uma doação de sangue no Hospital de Portimão no dia 3 demarço.

Heróis do Quotidiano

Quem nos conhece sabe bem que propósitos nos movem, quem não nos conhece, é a hora de dar atenção ao seu vizinho, ao seu colega de trabalho, ao idoso ou ao casal jovem na sua rua. Pois o que nos move são as famílias que são verdadeiros heróis do quotidiano, que fazem uma engenharia orçamental para alimentar os seus a cada dia e que, no final do mês já pouco resta, mas que apesar de tudo conseguem tem uma palavra agradável, uma oração ao Altíssimo e um sorriso estampado no rosto sofrido. São demasiadas.

É por eles que estabelecemos pontes, que procuramos inspirar outros a fazer o mesmo e mais e melhor!

Há uma semana, a nossa unidade local de Lagos do TemplarCorps foi contactada para ajudar a recolher quase 500kg de alimentos frescos e congelados (carne e peixe), frutas e legumes; de pronto se fez a recolha e no mesmo momento foi contactada a obra social de uma das igrejas locais para que estes bens fossem entregues a quem tenha a necessidade. Esta semana recolhemos mais 400kg de alimentos. Só este mês de Outubro, o Templar Corps no Algarve fez chegar ao Heróis do Quotidiano quase 1 Tonelada de alimentos. É uma gota no oceano. Queremos fazer mais e melhor.

Quem nos contactou não o fez por criarmos uma rede de necessitados à nossa volta mas sim porque identificámos entidades idóneas e de obra notável aos quais é necessário dar a mão e ajudar a cumprirem a sua missão, porque realizamos as missões que nos são imputadas, com dedicação e zelo, porque não retiramos dividendos do bem que ajudamos a concretizar. Quem nos conhece sabe bem que o que o TCI realiza realiza-o por completo.

O TCI cumpre-se quando realiza o seu trabalho de forma discreta, voluntária e expedita. Anunciar a nossa actividade assistencialista serve tão somente para nos responsabilizar a realizar o que temos de realizar, mais e melhor; para dar conta a quem em boa confia de que a missão está cumprida; assim como a inspirar outros a replicar e a ampliar, melhorando.

Que o espírito de voluntariado e de trabalho cooperativo para um mundo melhor possa ser espalhado por todos os corações e que a Cavalaria Templária seja parte do seu impulso.

Para ajudar o Templar Corps entre em contacto connosco em volunteer@templarcorps.org

New Knights join Secular Temple in Portugal

[Text in Portuguese follows at the bottom]

A truly admirable day of Chivalry took place this weekend in Lagos, Portugal, where the ranks of the Secular Temple, under the OSMTHU, keep growing and getting stronger, bringing to life a unique contemporary view of Templarism, firmly rooted in the past tradition of immutable values, yet with the eyes unapologetically looking on to the future.

The weekend long activities took place on the historical Forte da Ponta da Bandeira, vigilant over Lagos’s harbor, seating in the strategic location where Prince Henry the Navigator’s Caravels took to the sea in search of Prester John and a world of unknown dangers and fears.

On Friday Fr+ Luis de Matos, Grand Prior of Portugal and Chancellor of the Magisterial Council of the OSMTHU under Master Antonio Paris, in a speech took a long and detailed look at Templar History, comparing it to the several states of the primary Greek elements of matter, from the dense Earth stage, when the Order gathered territory and land, to the Water stage with the building up of the Templar Fleet, to the Air and Fire stages with the imprisonment of the Master in Paris and the martyrdom of March 1314 by fire. In parallel, the History of Portugal, with a similar cycle, heavily influenced by the Order of the Temple during the Earth stage of consolidating the Portuguese territory and the Water stage with the Discoveries launched by the Order of Christ, was also remembered. Fr+ Matos has drawn surprising analogies and comparisons, moving on to an inevitable progression in which Order and Nation share a joint Destiny. The discussion that followed was fascinating, with the audience participating and engaging with the subject in a very illuminating and enthusiastic way.

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The program for the next day had to be changed due to unforeseen circumstances. The Mayor of Lagos was presiding over the Graduation Ceremony of the Templar Corps Class of First Responders and Forest and Urban Fore Support, however the Portuguese Civil Protection Authority activated the Delta Level of the National Operational Directive on Rural Fire Prevention on June 30, actively summoning all available Templar Corps graduates that are on their stations at the service of the National Authority, ready to spring into action. The rural and forest fire season of 2023 is feared to be the most dangerous of the last few years due to the severe draught that affects the country and particularly the Algarve region, where the Templar Corps headquarters are located. The ceremony will take place at the end of October.

In the afternoon the new Candidates to the Order gathered at the Fortress for the final training and orientation session. Presided over by Grand Prior F+ Luis de Matos, the letter that had been sent to the Candidates a few days before was read and explained in detail. Everyone had the opportunity to clear all doubts on the historical and philosophical tenets of the Order. Questions about the organization, formality and structure were also addressed.

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After a short recess for refreshments, a discussion on the role of the Order, today, took place. History and the past tense is usually the frame of reference for the Templars, however the OSMTHU, acknowledging the past, always moves the discussion to the present and tries to anticipate the future. Practice makes perfection. A Knight truly emerges in the real world, out of practice and action. It’s not a matter of speculation, phantasy or role playing.

Dinner took place in the Refectory of the Portuguese Army in Lagos, in a spartan environment intended to prepare the Candidates to the poor life in a Order that defined itself as the Poor Knights of Christ.

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As night fell, Brothers and Sisters of the OSMTHU, Candidates and invited guests, including family, gathered in one of the largest vaulted rooms of the Fortress. The turnout was so large that last moment arrangements had to be made to accommodate everyone.

Local Lagos authorities were represented by Drª Helena Moran, Archeologist of the Mayor’s Office and Director of the Municipal Museum of Lagos, that includes jurisdiction of the Forte da Ponta da Bandeira. Commander Fernandes da Palma, Port Captain of Lagos was also present.

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The ceremony was opened by the Grand Prior with the assistance of Fr+ Paulo Valente, KGCTJ, Commander of Sintra and Fr+ Victor Varela Martins, KGCTJ, Commander of Laccobriga. Fr+ Valente gave a short speech about the solemn moment that was about to be enacted.

The Grand Prior invited everyone to enjoy a moment of introspection while lute player, and long time collaborator of the Order, Eduardo Ramos masterfully execute a few beautiful songs that transported everyone to a holy place, out of time and space. The Grand Prior said that Templar ships sailing from Lisbon, and later from Lagos, heading to the Holy Land, taking the rout of Gibraltar and Northern Africa, would have musicians on board as a way to engage in dialogue with populations on their way. When they disembarked on the shores of Tripoli in search of water and provisions, music would be their first connection. The lute was known and played by Christians and Muslims. Melodies were exchanged and harmonies achieved. Then came language. And only then commerce. And off to Cairo, with the lute on their shoulders.

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Then the Grand Prior gave a final explanation about the degrees of the Order and how they are structured, describing in detail what the accolade, or “armament” (to give arms), its context in medieval history and modern validity and equivalent.

Each of the Candidates, one by one, came to the altar and proceeded to read out loud the Commitment of the Order.

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Then the Master of Ceremonies brough the Candidates, again one by one, to the center, in front of the altar, where they were kneeled. They were covered with the mantle of the Order and then armed by the Grand Prior in the traditional manner, using the traditional forms and words. This having been done, the new Knight rose and was decorated with the Templar Cross, given his certificate, the Liber Novitius published by the Preceptory of the Order, where all the information that had been part of the training stage, is now accessible in written form, and welcomed into the Order with a fraternal embrace.

After the completion of the ritual for each and everyone of the Candidates, the Grand Prior revealed the powerful and deep symbolism that is the basis for every gesture and word of that simple, but meaningful liturgy. He also told the new Knights that they hadn’t arrived, rather they were only starting their journey. He invited them all to study further to fully become a Knight of the Temple, with the completion of the armament with the vigil and reception in the House of the Temple.

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“The traces of the Templars are still there. Today we go to Tomar, Almourol, Pombal and many other Templar places and admire their legacy in architecture and art”, said the Grand Prior; “Chesterton wondered why the derelict neighborhoods of London were not as beautiful as Florence”, he proceeded; “His realization was interesting, he said nobody loved the derelict neighborhoods of London, but someone loved Florence, as if anyone had loved the derelict neighborhoods of London the way Florence was loved, the derelict neighborhoods of London would become Florence! That is the power of love. The Templars transformed every place where they happened to pass. We now go after their steps, we look for Templar places, to witness their every trace, a Templar Cross on a slab of stone, a small Templar church, a mighty Templar Castle. The legacy. It’s your turn now. Go and love the derelict neighborhoods you may come across, like a Templar. Turn them into Florence. Leave a trace of your love. Transform the world around you and make it a better place because you have been there. Be the cause of love in others so that the next generations come after you and say of your work: here stood a Templar! Leave your mark so that the can say: I’m now inspired to follow on these steps.”

Before closing, Fr+ Jorinho Manuel was remembered. He passed on to the House of the Father after a long struggle with cancer. The Non Nobis of the day was sung on his homage. The night ended with everyone enjoying the sweet fruits of fraternal love. An overwhelming joy was felt by the Knights, guests and families. Many decided to extend the night in celebration, walking the promenade alongside the river of Lagos in groups, or taking a few drinks with the new found brothers on the many pubs that were still opened. Others returned to their homes, driving a few hundred miles, or their hotels just nearby.

In common the same sense of fulfilment and joyful bliss.

Welcome to the Templar Order my Brothers. Now it’s time to work.

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[EM PORTUGUÊS]

Um dia de celebração da Cavalaria verdadeiramente admirável teve lugar este fim-de-semana em Lagos, Portugal, onde as fileiras do Templo Secular, sob a OSMTHU, continuam a crescer e a fortalecer-se, dando vida a uma visão contemporânea e única do Templarismo, firmemente enraizada na tradição do passado, de valores imutáveis, mas com os olhos voltados para o futuro sem precisar de pedir desculpas.

As actividades do fim de semana decorreram no histórico Forte da Ponta da Bandeira, vigilante sobre o porto de Lagos, assentado no local estratégico onde as Caravelas do Infante D. Henrique se lançaram ao mar em busca do Prestes João e de um mundo de perigos e medos ainda desconhecidos.

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Na sexta-feira, o F. Luís de Matos, Grão-Prior de Portugal e Chanceler do Conselho Magistral da OSMTHU sob a regência do Mestre António Paris, em Conferência deu um longo e detalhado olhar sobre a História Templária, comparando-a com os vários estados da matéria dos elementos gregos clássicos, desde a fase da Terra densa, quando a Ordem acumulou territórios e terras, à fase das Águas com a formação da Frota Templária, às fases do Ar e do Fogo com a prisão do Mestre em Paris e o martírio de Março de 1314 pelo fogo. Paralelamente, foi também recordada a História de Portugal, com um ciclo semelhante, fortemente influenciado pela Ordem do Templo durante a fase da Terra de consolidação do território português e a fase da Água com os Descobrimentos, lançados pela Ordem de Cristo. O Fr+ Matos traçou analogias e comparações surpreendentes, avançando para uma inevitável progressão em que Ordem e Nação partilham um Destino comum. A discussão que se seguiu foi fascinante, com um público participante e envolvido de uma forma muito esclarecedora e entusiasta.

O programa para o dia seguinte teve que ser alterado devido a circunstâncias imprevistas. O Presidente da Câmara Municipal de Lagos presidia à Cerimónia de Formatura da Classe do Corpo Templário de Socorristas e Apoio Florestal e Urbano. No entanto a Protecção Civil portuguesa activou o Nível Delta da Directiva Operacional Nacional de Prevenção de Incêndios Rurais no dia 30 de Junho, convocando activamente todos os formandos do Templar Corps disponíveis, que se encontram nos seus postos ao serviço da Autoridade Nacional, prontos a entrar em acção. A época de incêndios rurais e florestais de 2023 teme-se ser a mais perigosa dos últimos anos devido à forte seca que afecta o país e em particular a região do Algarve, onde se situa a sede do Corpo Templário. A cerimónia acontecerá no final de Outubro.

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À tarde, os novos Candidatos à Ordem reuniram-se na Fortaleza para a sessão final de formação e orientação. Presidida pelo Grão-Prior F+ Luís de Matos, foi lida e detalhadamente explicada a carta enviada aos Candidatos dias antes. Todos tiveram a oportunidade de tirar as suas dúvidas sobre os temas históricos e filosóficos da Ordem. Questões sobre organização, formalidade e estrutura também foram abordadas.

Após um breve intervalo para descanso, passou-se a uma discussão sobre o papel da Ordem hoje. A história e o passado são geralmente o quadro de referência para os Templários, no entanto, a OSMTHU, reconhecendo o passado, procura trazer a discussão para o presente e tenta antecipar o futuro. A prática traz a perfeição. Um Cavaleiro real surge no mundo real, da prática e da acção. Não é uma questão de especulação, fantasia ou role-playing.

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O jantar decorreu no Refeitório do Exército Português em Lagos, num ambiente espartano destinado a preparar os Candidatos para a vida pobre numa Ordem que se definia como os Pobres Cavaleiros de Cristo.

Ao cair da noite, irmãos e irmãs da OSMTHU, candidatos e convidados, incluindo familiares, reuniram-se numa das maiores salas abobadadas da Fortaleza. A afluência foi tão grande que arranjos de última hora tiveram que ser feitos para acomodar todos.

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As autoridades locais de Lagos estiveram representadas pela Drª Helena Moran, Arqueóloga da Câmara Municipal e Directora do Museu Municipal de Lagos, que inclui jurisdição do Forte da Ponta da Bandeira. Também esteve presente o Comandante Fernandes da Palma, Capitão do Porto de Lagos.

A cerimónia foi aberta pelo Grão Prior com a assistência do F+ Paulo Valente, KGCTJ, Comendador de Sintra e do F+ Victor Varela Martins, KGCTJ, Comandante de Laccobriga. O F+ Valente fez um breve discurso sobre o momento solene que estava para acontecer.

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O Grão Prior convidou todos a desfrutar de um momento de introspecção enquanto o músico, e de longa data colaborador da Ordem, Eduardo Ramos, executou com maestria algumas belas canções no alaúde tradicional, que transportaram todos os presentes para um lugar sagrado, fora do tempo e do espaço. O Grão-Prior disse que os navios Templários que partiam de Lisboa, e depois de Lagos, com destino à Terra Santa, fazendo a rota de Gibraltar e do Norte de África, teriam músicos a bordo como forma de dialogar com as populações no caminho. Quando desembarcavam na costa de Trípoli em busca de água e mantimentos, a música era o primeiro contacto de culturas. O alaúde era conhecido e tocado por cristãos e muçulmanos. Naquele tempo, melodias foram trocadas e harmonias alcançadas. Depois veio a lingua. E só então o comércio. E depois, vamos de saída para o Cairo, com o alaúde aos ombros.

Em seguida, o Grão Prior deu uma explicação final sobre os graus da Ordem e como eles são estruturados, descrevendo detalhadamente o que é a armação (de “dar armas”), o seu contexto na história medieval e a sua validade e equivalência moderna.

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Os Candidatos, um a um, aproximou-se do altar e procedeu à leitura em voz alta do Compromisso da Ordem.

De seguida, o Mestre de Cerimónias trouxe os Candidatos, novamente um a um, para o centro, em frente ao altar, onde foram ajoelhados. Foram então cobertos com o manto da Ordem e depois armados pelo Grão Prior da maneira tradicional, usando as formas e palavras tradicionais. Feito isto, o novo Cavaleiro ergueu-se e foi condecorado com a cruz Templária, tendo-lhe sido conferido o seu certificado, o Liber Novitius publicado pela Preceptoria da Ordem, onde todas as informações que fizeram parte da fase formativa estão agora acessíveis em forma escrita, e acolhido na Ordem com um abraço fraterno.

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Após a conclusão do ritual para todos e cada um dos Candidatos, o Grão-Prior revelou o poderoso e profundo simbolismo que está na base de cada gesto e palavra desta liturgia simples, mas significativa. Disse ainda aos novos Cavaleiros que eles não haviam chegado ou cortado uma meta, mas que estavam apenas a começar a jornada. Convidou todos a estudarem mais para se tornarem plenamente Cavaleiros do Templo, com a conclusão do armamento com a vigília e recepção na Casa do Templo.

“Os vestígios dos Templários ainda existem. Hoje vamos a Tomar, Almourol, Pombal e muitos outros lugares templários para admirar o seu legado na arquitectura e na arte”, disse o Grão-Prior; “Chesterton perguntou-se por que os bairros degradados de Londres não eram tão belos como Florença”, prosseguiu; “A sua explicação é interessante, ele disse que ninguém amou os bairros degradados de Londres, mas alguém amou Florença, porque se alguém tivesse amado os bairros degradados de Londres como Florença foi amada, os bairros degradados de Londres tornavam-se Florença! Esse é o poder do amor. Os Templários transformaram todos os lugares por onde passaram. Agora seguimos os seus passos, procuramos os lugares dos Templários, para testemunhar todos os seus vestígios. Uma cruz Templária numa laje de pedra, uma pequena igreja Templária, um poderoso Castelo da Ordem. É o seu legado. Agora é a vossa vez. Vão e amem os bairros degradados que possam encontrar, amem como um Templário. Transformem-nos em Florenças. Deixem um rasto vivo do vosso amor. Transformem o mundo ao vosso redor e tornem-no num lugar melhor porque por lá passaram. Sejam a causa do amor nos outros para que as próximas gerações, que venham depois de vós, digam do vosso trabalho: aqui esteve um Templário! Deixem a vossa marca para que possam dizer, inspirados: quero seguir seguir estes passos.”

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Antes de encerrar, o F+ Jorinho Manuel foi lembrado. Regressou à Casa do Pai depois de uma longa luta contra o cancro. O Non Nobis foi cantado em sua homenagem. A noite terminou com todos saboreando os doces frutos do amor fraterno. Uma alegria imensa sentia-se no ar, partilhada por Cavaleiros, convidados e familiares. Muitos decidiram prolongar a noite em festa, passeando em grupos pelo passeio ribeirinho de Lagos, ou tomando uns copos com os novos irmãos nos muitos pubs que ainda estavam abertos. Outros voltaram para suas casas, fazendo algumas centenas de quilómetros ou regressando aos seus hotéis nas proximidades.

Em comum, a mesma sensação de realização, felicidade e alegria.

Bem-vindos à Ordem do Templo, meus irmãos. Agora é hora de trabalhar.

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Comenda de Laccobriga e Templar Corps em Festa Quinhentista

A Comenda de Laccobriga da OSMTHU e o Outpost do Algarve do Templar Corps International marcaram este ano a sua primeira participação na Festa Quinhentista de Lagos, organizada pela Câmara Municipal de Lagos.

Com base no Forte de Lagos, vigia junto à foz da Ribeira de Bensafrim, um grupo de voluntários recriou uma reunião do Capítulo da Comenda de Lagos da Ordem de Cristo e o seu ambiente, com mobiliário, decoração e figurantes trajados à época. A sala foi igualmente disposta de modo a poder responder às perguntas dos visitantes, dando-lhes uma visão mais detalhada acerca da Ordem de Cristo e da sua herança ancorada no Ordem do Templo. Vários painéis informativos foram colocados nas paredes, traçando a história das Ordens.

Da informação recolhida, todo o numeroso público visitante saiu mais rico e culturalmente mais esclarecido, pois a interacção e a fraternidade manifestada pelos voluntários junto de todo o público nacional e internacional é a clara expressão do motivo que os anima a incentivar estas manifestações. Ao longo dos quatro dias do evento, mais de 2.000 visitantes da Festa Quinhentista se deslocaram ao Forte, \levados pela bandeira da Ordem de Cristo levantada ao vento.

A Comenda de Laccobriga e o Templar Corps International agradecem aos seus Voluntários, à organização do Evento e à Câmara Municipal de Lagos por esta oportunidade tão aliciante. Parabéns aos Lacobrigenses e aos visitantes de terras de perto e de longe pela beleza e qualidade de todos os quatro dias de momentos que nos transportaram até ao Séc.XVI.